Luiza Labs: como o Magalu revoluciona o mercado tech?

Tecnologia e inovação

Luiza Labs: como o Magalu revoluciona o mercado tech?

6 Minutos

2 de julho de 2021

Luiza Labs é o braço tecnológico da plataforma digital Magalu, aquela loja de móveis que se tornou referência em tecnologia e varejo.

Depois de revolucionar o varejo brasileiro, o Magazine Luiza ganha cada vez mais espaço no mundo da tecnologia e do conteúdo digital. Mas isso não aconteceu do dia para a noite. Muito pelo contrário, é fruto de várias iniciativas. 

Uma delas surgiu em 2014, com a criação do Luiza Labs, o Departamento de Inovação e Tecnologia do Magalu. Dentro do laboratório, além de vagas de emprego, recentemente a empresa ofereceu bolsa de estudos a programadoras. Isso mesmo: para que mais mulheres estejam presentes no mundo da tecnologia.

Neste artigo, vamos explicar quais são algumas das iniciativas do Luiza Labs e como a empresa de tecnologia como a sua pode se inspirar no exemplo do Magalu e produzir mais impacto tanto em relação aos seus clientes quanto à sua comunidade.

Conhecendo o Luiza Labs

O laboratório de inovação e tecnologia do Magazine Luiza fica dentro do núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento. É voltado à criação de produtos e serviços com foco no varejo para oferecer aos clientes mais benefícios e uma melhor experiência de compra. 

Sendo assim, é hoje considerado um espaço que concentra amantes da tecnologia que querem trabalhar para transformar a vida dos brasileiros.

O trabalho realizado pelo lab de inovação do Magazine Luiza é baseado em novas tecnologias, como plataformas digitais, Big Data e mobile. Mas não é só isso. Dentro do próprio Luiza Labs surgiram algumas iniciativas que podem inspirar a empresa de tecnologia.

Uma delas é o Luiza Code, um projeto para recrutar e capacitar mulheres interessadas em atuar no setor de inovação e tecnologia. No que diz respeito à capacitação, o Luiza Code oferece curso de formação para as profissionais do sexo feminino interessadas na área de desenvolvimento de software. 

A primeira edição do programa, ocorrida em 2020, contou com mais de 10 mil inscrições. A todos nós, que trabalhamos no setor tech, isso mostra o quão importante é criarmos espaço para o público feminino entrar no universo de inovação e tecnologia. E, mais do que isso, o quanto é possível incluir as mulheres em um universo tradicionalmente masculino.

Na prática, significa que as empresas tech podem se inspirar no exemplo e criar programas ou abrir espaços para discussão sobre a presença de profissionais femininas no ramo. No entanto, além da maior participação das mulheres, o Luiza Labs nos deixa outra lição.

Muito mais do que recebedor de demandas

Algo muito comum em qualquer empresa de tecnologia é ela acabar se transformando em uma “recebedora de demandas”. É o que ocorre quando, ao invés de focar na inovação, os times se concentram apenas em apagar incêndios, resolver tickets e atender os clientes. 

As consequências disso podem ser extremamente negativas, uma vez que a equipe torna-se mais reativa e acomodada. Assim, enquanto poderiam pensar em como melhorar produtos, por exemplo, trabalham apenas para atender as demandas que vão surgindo.

No Luiza Labs a mentalidade é outra. Desde o início, o objetivo do laboratório é construir e desenvolver produtos que ajudarão o público. Para isso, eles contam com alguns aliados.

O mais notável é o Big Data. Como no lab não há prova de conceito, ou seja, criar produtos ou soluções como teste para saber se funcionam, é necessário contar com o feedback rápido do cliente. Isso é possível graças aos dados.

Apelidado de “Bob”, o Big Data do Luiza Labs é um dos principais projetos elaborados pelo laboratório. Por meio da aplicação é possível enxergar como é o comportamento dos clientes da varejista em todos os canais digitais. 

Para exemplificar, foi por conta das informações extraídas do Bob que o lab de inovação percebeu que o tráfego mobile disparou. Como resposta, além de fazerem melhorias no site para que ele respondesse bem no mobile, decidiram criar o aplicativo Magazine Luiza Mobile. 

A história poderia acabar aí, mas a varejista tem mais a nos ensinar.

Magazine Luiza compra o Steal The Look

Em 2021, o Magalu comprou a Steal The Look (STL), empresa focada em produzir conteúdo digital e comprável sobre moda e beleza. A ideia por trás da compra é a de que o STL potencialize o alcance do Magalu Ads. Esse foi mais um passo para consolidar a estratégia digital da empresa no mercado de moda e beleza. 

O Magazine Luiza também anunciou a aquisição do Push, plataforma que destaca temas de carreira e empreendedorismo feminino. Sendo assim, com Steal The Look e Push a Magalu formou uma união perfeita.

De um lado, terá um portal para divulgação de conteúdo de moda, beleza e comportamento, e de outro, uma plataforma para fomentar uma conversa sobre empreendedorismo feminino e carreira em moda e beleza.

Luiza Labs, STL e Push: como sua empresa tech pode se inspirar?

Sua empresa de tecnologia pode trilhar o caminho da Magalu para ter sucesso. Basta pegarmos como exemplo o uso do Big Data. Não é de hoje que a cultura Data Driven tem atraído a atenção principalmente de profissionais do marketing tech. 

Como sabemos, os dados são importantes para a tomada de decisões para o planejamento do marketing. Além disso, e é o que nos mostra a estratégia digital do Magalu, é com base no marketing de dados que a empresa pode oferecer conteúdo mais assertivo.

Quando decidiu comprar as plataformas STL e Push, o Magazine Luiza tinha em mente aumentar a produção de conteúdo digital sobre moda e empreendedorismo feminino. Uma demanda que ela muito provavelmente viu crescer após analisar dados.

O próprio site do Luiza Labs é uma fonte riquíssima de conteúdo de inovação e tecnologia. E, claro, não podemos deixar de mencionar que a criação de conteúdo online entra também na estratégia do Magalu de inclusão digital.

No caso da varejista, a solução para aumentar sua presença digital foi comprar outras empresas para pulverizar a disseminação de seus conteúdos. No caso de empresas tech como a sua, a solução pode ser bem mais simples.

Ao invés de adquirir várias empresas do setor para conseguir aumentar a presença online do seu negócio, você pode contar com uma empresa responsável pela produção do conteúdo tech. 

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